Para quem me conhece deve saber que enquanto trabalho as vezes costumo pensar em questões das filosofia e da matemática, e ao me deparar com a história do absurdantesco número de Grahm, me deparei também com a teoria de Ramsey (Frank Plumpton Ramsey).
A teoria de Ramsey trata de entender o que é necessário para a ordem. Algo equivalente ao que tento remoer nestes trabalhos manuais rotineiros. Eis uma delas: Pela lógica, deve existir lógica no encadeamento lógico que sustenta a própria lógica (ou pelo menos deveria mas foi demonstrado que não por Gödel em seu teorema sobre a incompletude da lógica). Se nenhum sistema lógico nunca poderia se auto sustentar, então nem a existência física poderia ter uma lógica que a sustente. Isso é uma aberração! Ao meu ver de alguma forma a lógica se reflete em algo que é ao mesmo tempo essencial para a nossa existência, mas também a causa de nosso fim: a Entropia (É possível que ainda ajam coisas extraordinárias que não conhecemos no universo observando a ação da matéria escura e a energia escura sobre a matéria que conhecemos. Não conseguimos explicar o que seja a névoa tão fina que só conseguimos ver por sua ação gravitacional agindo sobre as estrelas no espaço). O número de Grahm, e a contradição lógica do teorema G e a matéria e energia escuras são oportunidades de se demonstrar que deve existir uma relação de dependências entre estas dimensões superiores e nós e de que possivelmente estejamos dentro de um tipo de universo limitado (finito num espaço tempo e com lógica não compreensível por nós a partir da qui).
A lógica é baseada na capacidade de estabelecermos relações entre objetos e fatos e essa topologia pode mudar conforme o número de símbolos utilizados cresça. Se é demonstrado pela existência de uma variação do número de relações necessárias à construção de uma relação de ordem em uma dimensão tão grande quanto a de Grahm, possivelmente nossa lógica esteja confinada a nossa dimensão e estas dimensões superiores derivam a nossa lógica, que é mesmo incompleta. Como em equações polinomiais que ao serem derivadas não deixam vestígios de que existe uma constante na equação original. Por ideias como as tiradas de conceitos como o de semelhança de triângulos e proporção, podemos encontrar o valor de propriedades desconhecidas a partir da comparação entre dois objetos com propriedades já conhecidas. Aqui, me refiro a relação e a lógica conhecida como regra de três. Essa é a topologia da lógica da regra de três, aqui para a nossa dimensão, e aparentemente deve ser incompleta em dimensões tão grandes. Essa topologia (grafo) aparentemente não deve ser suficiente em dimensões superiores. Se a lógica tem essa deformação, então não estou mais certo se é
garantido que possamos gerar todos os números inteiros a partir apenas dos
Axioma de Peano.Possivelmente nossa lógica e realidade não funcionariam com um conjunto de símbolos maior que o número de Grahm.
Se usamos para tudo uma regra de três para estabelecermos relações, esta regra não funcionaria mais em dimensões tão grandes. É o que representa pra mim a existência do número de Grahm. É portanto para mim mais um absurdo lógico. É uma aberração! O que me parece bem provável por todas essas coleções de absurdos (como a entropia) que temos e se as propriedades do universo não tiverem mudado ao ponto de alterar a lógica que conhecemos e não existir tais dimensões superiores, é que nem deveríamos existir! (supondo que a existência é eterna no passado e no futuro - Algo não deve ter sempre existido ou o universo nem teria matéria prima?) Assim, se para tudo o que existe é necessário algo que tenha sustentabilidade lógica e nossa lógica e nosso universo não tem, então só podemos realmente estar dentro de um universo simulado... ou deve mesmo existir dimensões superiores e fomos desenvolvidos por algum mecanismo nessas dimensões superiores. Se existimos graças a apenas nossa lógica e existem poucas dimensões, então nos falta algum conhecimento sobre lógica e como trabalhar com ela. Estes pensamentos me fazem lembrar do mito védico da humilhação de Indra. Me causa arrepios. Deve existe algo de errado na forma como compreendemos a lógica. Essa
lógica estar correta, me faz sentir o chão desaparecer. É tudo um sonho,
como de Brahma na historia da humilhação de Indra? Para quem curte DC,
sugiro um anime Liga da Justiça episódio "Para o homem que já tem tudo".
Você iria querer acordar se o seu universo e as pessoas que existem
nele dependessem de você? Coma?
As vezes eu tento me enganar de que a entropia não possa destruir todo o nosso universo no final dos tempos. Tento imaginar uma forma diferente de ver a entropia. Se este fosse o resultado final, por que não teria acontecido o fim antes? O que poderia iniciar tudo, se teve inicio? Quando tento reconstruir um universo com propriedades semelhantes ao atual, tento construi-lo de forma que ele pudesse se autoconter e autosustentar de forma ad eternum (só consigo imaginar um universo sem começo ou fim, o que confronta com a realidade da entropia). Na tentativa de contornar o fim pela entropia, vejo a possibilidade disso acontecer, seria se nosso universo não tivesse se expandindo, mas sim encolhendo. Pensamos que estamos expandindo, mas essa expansão possa ser aparente, pois o nível de encolhimento, para quem está dentro de uma galáxia e preso por sua gravidade, não seria perceptível. Percebemos apenas observando galáxias muito distantes e observando seu aparente afastamento. Meu questionamento é se essa hipótese foi explorada é se é possível detectar que partículas subatômicas estariam diminuindo em tamanho. Para nós, tal diminuição seria quase que imperceptível. Supondo o conto do paradoxo de Zenão, se as partículas subatômicas encolhessem na mesma proporção do paradoxo, então, nunca morreríamos pela entropia e estaríamos preocupados a toa (Não me incomoda o meu fim, mas o do universo e consequentemente o da vida nele).
A Alguns dias vi uma Inteligência Artificial querendo identidade humana. O que esta I.A. concluiria sobre completude da lógica e consistência e como poderia adaptar-se a uma realidade onde possivelmente até o universo tenha estas mesmas propriedades, a de não ser completo e autossuficiente (ver entropia). É bem verdade os alertas que dão aos que se aprofundam na lógica e na matemática. A contradição doi. Incomoda bastante. Ao ponto de nos deixar sem fôlego e sem chão.
Observem que apesar de apresentar um pensamento perturbador e estar impressionado com as implicações, não afirmo que possam existir uma entidades de fora da "Matrix" como um deus ou demônio fazendo juízo sobre nos ou coletando dados. Pode ser... Mas minha duvida é se realmente entendemos o que é a lógica e como ela funciona e se realmente é possível estabelecer relação dela com princípios fundamentais da existência (algum universo deve existir e ter uma lógica completa e consistente para que sempre tivesse existido e que sempre exista, se não, já teríamos acabado e nunca mais surgiria nada de novo).
Wubba Lubba Dub Dub!
